terça-feira, 24 de agosto de 2010

A moda e os sujeitos possíveis

                                                     Amanda Palmer e seu estilo original  pautado em sua identidade e comportamento. Adorada pelo seu despojamento, rebeldia, sensibilidade musical e comportamento excêntrico.

O contemporâneo é o cenário de surgimentos onde o homem se reinventa a cada dia sugerindo e provocando novas identidades. Tenho pensado ultimamente na maneira fácil que escolhemos um estilo pronto e seguimos impensadamente a moda apenas consultando manuais e revistas a procura de uma referência que nos salve da mesmice estética. E assim caminhamos em seguida nas ruas e encontramos centenas de referências como a nossa , pois na mesma cartilha que escolhemos a nossa lição, milhares de pessoas escolhem a mesma lição, cor , modelo, forma, maneiras, indicações de como estar na moda, estar por dentro, fazer parte , pertencer a determinado grupo. Não estou aqui para dizer que estas coisas não são importantes, mas para refletir até que ponto é possível se intitular original colhendo referências prontas, sem modificações ou um pingo de autoria. E quem está construindo um estilo fica a pergunta: Você quer ser original realmente? Pois ser original carrega consigo o valor ou a desvantagem de ser diferente , tudo depende do contexto em que você se encontra ou melhor: A escolha que você faz pra si. Só penso que pessoas que trabalham com criação deveriam arriscar um pouco mais pela originalidade pois creio eu que assim se é permitido ver as coisas de uma maneira não usual, nem condicionada. Porém é preciso arriscar o olhar e até mesmo o erro para experiênciar uma nova estética.
Vivemos em um mundo :

...onde o fundamental é saber identificar qual memória acessar para descobrir o que se quer saber [Jean Lyotard]


Através do corpo construímos nosso referencial, experimentamos sensações e vivencias através do vestir, sintonizamos a nossa subjetividade com o objeto e nos construímos dando sentido a este corpo. Esta tarefa torna-se uma investigação cotidiana a medida que escolhemos observar quais são os vetores que conduzem a nossa vontade.
Somos bombardeados todos os dias por referências das mais diversas que nos ensinam a vestir, combinar , sermos. Enfim, somos construção do nosso meio, mas também podemos ser criadores de nossa poética. Interferindo no meio de modo a ajudar a construir referências dentro deste. Tarefa para quem escolhe experiênciar todas os meios que exijam ver, desconstruir, reconstruir, experimentar, não seguir. Junto com as tendências existem também as contratendências e estas para alguns representam a oportunidade de vivenciar o diferente o contramoda, contracultura.
Para mim não existe um melhor que o outro ou coisa assim, mas creio que se pararmos de copiar exatamente o que as cartilhas de moda nos mandam podemos ver assim novas possibilidades que farão de nós agentes ativos na arte da invenção de novas identidades e referências estéticas. Mas creio que isso não seja tão fácil assim, pois ser igual e pertencente é confortável e seguro  e ser diferente é um risco de encontrar no caminho a exclusão. Em um mundo de conectividades , relacionamentos em redes virtuais, caberá ao profissional criador encontrar um equilíbrio entre o velho e o novo, lapidando o seu olhar podendo assim encontrar o equilíbrio da balança que levará a sintonia entre a referência individual e coletiva sabendo dialogar no corpo os próprio sonhos , oferecendo ao coletivo uma nova maneira de olhar.


Alexander Mcqueen- Originalidade em suas criações e inspirações.


Bjork- Referência estética e musical pela capacidade de fazer misturas em suas criações , a tecnologia e as referências tribais podem ser vistas em um mesmo trabalho, junto a outras referencias  singulares.




Maffesoli (1996) que denominou a contemporaneidade como mundo imaginal, em razão da força das manifestações imaginárias, simbólicas, aparentes, instituindo a teatralidade como modo de vida. E o lugar primeiro dessa teatralidade é o próprio corpo, que produz uma auto - imagem, conferindo ao sujeito a possibilidade de contar uma história, de afirmar quem é, poderíamos dizer de anunciar-se.



quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Meu estilo hoje!



Hoje uma vontade imensa de sair por ai cantando Clarise Lispector... Criarei uma música com suas frases demasiadamente humanas.

Calça: Depósito
Chapéu: Tendenza
Bata: C&A
Colares, Coração e gotas prateadas: Acervo
Blusa de Moleton: Tendenza
Bolsa: Acervo retrô
Melissa Ultra Wedge Flocada Preta

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Atitude de moda-A velha nova maneira de ser chique...


Depois de algumas estações exibindo tachas, estilo rock, despojado , over, os corpos mais conectados com as ambigüidades da moda se ligam em um referencial que traz de volta a elegância dos anos passados.

A elegância Cool citada por Constança Pascolato na Revista Vogue edição de agosto, nos mostra uma mulher interessada em inspirações provindas dos anos 50 e 60 , onde a impecabilidade do traje desenhava uma mulher feminina, refinada, onde o domínio da silhueta fazem referência ao domínio modernista de linhas clean do início dos anos 60.

O tom de rebeldia e subversão ganham ares impecáveis e definidos, seguindo a regra da linha harmoniosa e romântica, entoando um certo lirismo e dando asas a imaginação. Assim a sensibilidade toma conta desta moda Cool onde o chique é saber lidar harmoniosamente com as formas. Assim garotas individualista e influentes vestem sua nova  atitude e desenham pela moda um designer único e renascido. Um exemplo disso é a designer londrina Charlotte Dellal filha da carioca Andréa e do Inglês Guy Dellal, apontada pela Vogue americana como uma espécie de líder do movimento , vestindo criações hi-lo  ou  hi-hi com a mesma e particular interpretação pessoal e refinada.



O desejo assim se projeta em se vestir com refinamento. Esta é uma tendência vinda de terras distantes , em nosso tropicalismo estonteante de cores ébrias, isso pode receber uma leitura um pouco mais refrescante. Digo isso pois vejo pelas ruas, vitrines, editoriais também um certo ar tecnofuturista que ganha ares de natureza viva!
Mas isso fica para outra matéria.

Nas imagens referências de algumas marcas internacionais para esta tendência do novo chique.
A Miu-Miu escolheu tons alegres e estampas divertidas que remetem aos anos 50 para sua coleção resort 2011. O referencial de estampas são maças, bolinhas, corações.



Já para a Loui Vuitton , o clássico ficou nos anos 50/60 com sobriedade e Glamour Inverno 2011.














A Dolce & Gabbana foi perfeita em sua coleção de inverno 2011 ao retratar Madonna como a dona de casa estilo anos 60. Esta é a minha preferida. Linda!




























A campanha da Dolce & Gabbana é uma das melhores coisas que já vi na moda, isso por que a Madonna  é capaz de se encaixar muito bem em qualquer coisa que ela faz pois além de ser uma mulher incrível ela é uma excelente atriz , cantora, mulher camaleoa. A Dolce & Gabbana soube explorar isso muito bem com o seu DNA e proposta.
Inspiradora sempre!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Must Have de verão- Escolha ou misture...




Existem algumas tendências que  são identificadas como os principais vetores de construção de estilo das grandes marcas e comportamento. A revista Elle identificou na edição do mês de julho as principais e aqui vou contar para vocês

Splash Colour:
Existe soprando nos ares um mundo de cores, grafismo e pixels que vem trazer desde em corpos mais expressionistas e dramáticos, até minimalistas e discretos um tom quente! Vivo! De cores que invadem corpos futuristas e expressivamente a vontade perante o sol e a história da arte.
Laranjas ,  azuis , rosa, amarelo.
Abaixo: Cori e Alexandre Herchcovitch


Wonder Land:
Em contraponto as meninas adocicadas desfilam embabadadas e com cores clarinhas que trazem a harmonia e o ar Doce garota para as ruas e passarelas.
A referência deste tema se chama Doce Malícia.
Rosado, azul clarinho, tons pastéis , off white , rendas delicadas fazem a composição.
Abaixo Glória Coelho e Cavalera 






Resgate natural:
Na necessária onda da urgência ecológica , da sustentabilidade o apresso ao natural, rústico, reaproveitado , artesanal e confortável ganham destaque em marcas como a Printing , sempre Osklen , Teça e Animale.
Abaixo Osklen e Teca.






Jardim fashion:
Estampas de flores das mais variadas do Hibisco ao Liberty, estampas delicadas que realçam looks românticos, misturas com sobreposições de tules e transparência  , transformam a mulher em um delicado jardim. Abaixo Juliana Jabour e Maria Bonita Extra.




 A Moda Lady:
A mulher em todos explendor dos anos 50 exibe cinturas marcadas , tomara que caia, saias rodadas  e casaquetos que dão o charminho em qualquer produção.  É permitido fazer uma desconstrução com cintinhos displicentemente amarrados na cintura alta .

Triton



Sixties Delight
Geométrico, emplastificado os anos 60 revisitado nos deixa a certeza de que o víntage vai se intensificar na moda mesmo criando outras ramificações e releituras , os vestidos em versões mais modernas com um certo experimentalismo em suas composições arejam o guarda roupa das apaixonadas pelo Shape dos anos 60.
Tufi Duek



Gypset Style
Anos 70 e toda sua fluidez , cabelos soltos, tranças laterais , cores fortes e psicodelismo em estampas como na Toten nos dão o a certeza de que o Hippie no verão é quase lei!
Cantão e New Order


Tempo de caça
O militar e o safári dão as mãos em formas utilitárias que brincam com estampas de animais selvagens e dão a mulher o estilo necessário para enfrentar a selva urbana.
Abaixo Claudia Simões e Paola Robba
 


African Roots
Eu já falei aqui que como uma contratendência ao extremamente tecnológico , o tribal sempre surge em todas as estações nos lembrando calor selvagem , cheio de formas exóticas e perfume tribal, de terra, mato, galho, tronco e estampadas geométricas com significados de clãs.
Na foto coleção de Walter Rodrigues





Nova onda
O Surf deixa suas ondas suaves na moda, suavizando os looks esportivos em hitz floridos , coloridos com suavidade de quem vai ao mar olhar a freqüência das ondas , o hibisco aparecem em estampas como no desfile de Simone Nunes ou cortado a laser como no desfile de Giulia Borges. Tudo de bom!









segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Meu estilo! Dia 27/07- lançamento da coleção Vizzara!





No lançamento da Vizzara depois de tanta correria, somente belezas cuidadosamente expostas na loja.
No coração um sentimento de realização , vitrine pronta as 23:30 um dia antes para que no outro dia tudo estivesse impecável! E estava lindo de se ver! Equipe eficiente, trabalho cumprido!
No estilo escolhi o  preto, meu coringa sempre me traz sorte e sobriedade! Tortinha de limão festejava o dia, junto a folheados deliciosos... na loja os clientes se maravilhando com a coleção montavam a sua própria coleção.
E assim o verão vem vindo leve e solto e a gente se maravilha com a mudanças da moda  a cada estação!

Neste dia vesti:

Colar Acessorize
Nos pés Ultra Wedge Doc Dog Melissa preta flocada
Vestido Vizzara Verão 2011 com detalhes de ziper e cavas geométricas nas costas
Perfume Rouche Royal- Marina de Bourbon